sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Professor é homenageado em despedida após 36 anos de serviço na Escola de Aprendizes-Marinheiros do Ceará

Professor é homenageado em despedida após 36 anos de serviço na Escola de Aprendizes-Marinheiros do Ceará

20/09/2017
Alunos formam corredor na despedida do professor Grimaldo
 
Depois de 36 anos e 7 meses de serviços prestados à Marinha do Brasil, o professor de Matemática Grimaldo Fernandes da Rocha se despediu de colegas de trabalho e do Corpo de Alunos da Turma JULIET/2017 no dia 1º de setembro na Escola de Aprendizes-Marinheiros do Ceará (EAMCE).
 
Em momento de emoção e reconhecimento, os Alunos da Turma JULIET/2017 felicitaram o homenageado formando um corredor do Prédio do Departamento de Ensino até a Praça D'Armas. Na medida em que o professor passava, os Alunos aplaudiam e incorporavam um grande pelotão, seguindo os passos do mestre.
 
O professor ingressou na Marinha do Brasil em 16 de dezembro de 1980, quando passou a trabalhar na EAMCE, permanecendo até o dia 1º de setembro. Grimaldo Fernandes da Rocha foi condecorado com os prêmios de “Professor Padrão” e “Prêmio Mérito Funcional de 30 anos”, pelos bons serviços prestados à Marinha do Brasil.
 
A sua passagem pela EAMCE foi marcada pela competência, dedicação, desenvoltura, compreensão, espírito de corpo e lealdade, o que gerou respeito e admiração de todos. Sua maneira cortês e alegre contribuiu para marcar sua personalidade positivamente na formação dos Marinheiros das diversas Turmas de Alunos que se formaram EAMCE.
 
Professor recebe lembrança em sua despedida da EAMCE






FONTE: https://www.marinha.mil.br/noticias/professor-e-homenageado-em-despedida-apos-36-anos-de-servico-na-escola-de-aprendizes


segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Forças Armadas sofrem corte de 44% dos recursos e preveem colapso

Em meio à discussão da mudança da meta fiscal e de corte de gastos, as Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) pressionam pela recomposição no Orçamento, que nos últimos cinco anos sofreu redução de 44,5%. De 2012 para cá, os recursos discricionários caíram de 17,5 bilhões de reais para 9,7 bilhões de reais. Importante lembra que os valores não incluem os gastos obrigatórios com alimentação, salários e saúde dos militares.
Segundo informações do comando das Forças, houve neste ano um contingenciamento de 40%. O recurso só é suficiente para cobrir os gastos até setembro de 2017. Se não houver liberação de mais verba, o plano é reduzir expediente e antecipar a baixa dos recrutas. Atualmente em algumas áreas, já há substituição do quadro de efetivos por temporários para reduzir o custo previdenciário. Integrantes do Alto Comando do Exército, Marinha e Aeronáutica avaliam que há um risco de “colapso” nas Forças Armadas.
Nas Forças Armadas, a falta de recursos afetou a vigilância da fronteira, os pelotões do Exército na Amazônia, a fiscalização da Marinha nos rios da região e na costa brasileira. Para conter os gastos, a Aeronáutica paralisou as atividades, reduziu efetivos e acabou com esquadrões permanentes nas bases dos Afonsos, no Rio, de Fortaleza, de Santos e de Florianópolis.
As Forças também estão trocando o quadro efetivo por temporário e reduzindo a tropa. Segundo o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, os cortes “foram muito elevados, fora dos padrões”. Ele usou uma rede social no início do mês para se queixar.
Com navios de 35 anos de idade média, a Marinha coleciona no mar e nas águas da Bacia Amazônica embarcações consideradas ultrapassadas para as suas funções, muitas dessas paradas por falta de recurso para manutenção. O comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, disse que é preciso pelo menos 800 milhões de reais a mais por ano para manter a esquadra. “Isso precisa ser acertado ou nossa esquadra de superfície vai desaparecer em pouco tempo”, afirmou.
O quadro orçamentário para 2018 preocupa o comandante. “Antevemos o risco para programas estratégicos e também para o funcionamento pleno das nossas atividades diárias, com reflexos em serviços que atingem diretamente a população, como aqueles relacionados à segurança da navegação.”
Fonte: http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,forcas-armadas-sofrem-corte-de-44-dos-recursos,70001935173

domingo, 13 de agosto de 2017

O Apito Marinheiro

Os principais eventos da rotina de bordo são ordenados por toques de apito, utilizando-se, para isso, de um apito especial: o apito do marinheiro. O apito serve, também, para chamadas de quem exerce funções específicas ou para alguns eventos que envolvam pequena parte da tripulação. Ele tem sido, ao longo dos tempos, uma das peças mais características do equipamento de uso pessoal da gente de bordo. Os gregos e os romanos já o usavam para fazer a marcação do ritmo dos movimentos de remo nas galés.
Com o passar dos anos, o apito se tornou uma espécie de distintivo de autoridade e mesmo de honra. Na Inglaterra, o Lord High Admirai usava um apito de ouro ao pescoço, preso por uma corrente; um apito de prata era usado pêlos Oficiais em Comando, como "Apito de Comando". Eram levados tais símbolos em tanta consideração que, em combate, um oficial que usasse um apito preferia jogá-lo ao mar a deixá-lo cair em mãos inimigas.
O apito, hoje, continua preso ao pescoço por um cadarço de tecido e tem utilização para os toques de rotina e comando de manobras.
As fainas de bordo, ainda hoje, em especial as manobras que exigem coordenação e ordens contínuas de um Mestre ou Contramestre, são conduzidas somente com toques de apito. Fazê-lo aos gritos denota pouca qualidade marinheira do dirigente da faina e sua equipe.
O Oficial de Serviço utiliza um apito, que não é o tradicional, e serve para cumprimentar ou responder a cumprimentos dos cerimoniais (honras de passagem) de navios ou lanchas com autoridades que passam ao largo; mas, o cadarço que o prende ao pescoço mantém-se como parte do símbolo tradicional.
Os toques de apitos estão grupados, por tipos, em toques de: Continência e Cerimonial, Fainas, Pessoal Subalterno, Divisões e Manobras
Fonte: https://www.marinha.mil.br

Ouça e efetue download de alguns dos toques de apito usados pela Marinha:
Continência e Cerimonial.

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 Autoridade que vence salvas de 19 tiros

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Cerimonial de Bordo

● Saudar o pavilhão 
Como já foi explicado, faz parte do cerimonial saudar com a continência o Pavilhão Nacional, que é arvorado na popa , das 8 horas até o pôr do sol. Isto se faz ao entrar a bordo pela primeira vez e ao sair pela última vez, no dia. 
 Saudar o Comandante 
É costume os oficiais saudarem o Comandante na câmara, pela manhã, quando em viagem. À noite, a saudação é feita após o Cerimonial do Arriar a Bandeira. Quando no porto, os oficiais formam para receber o Comandante, cumprindo o Cerimonial de Recepção; e, da mesma maneira, formam quando ele se retira de bordo, no Cerimonial de Despedida. Se algum oficial chegar após o Comandante, deve saudá- lo na câmara, bem como ao Imediato. Se vai retirar-se de bordo antes do Comandante, deve despedir-se dele na câmara, obtendo licença para retirar-se, não sem antes ter sido liberado pelo Imediato.
Saudar o Imediato
Ao entrar e ao retirar-se de bordo os oficiais saúdam o Imediato. É costume, em viagem, os oficiais cumprimentarem o Imediato pela manhã e, também, após o Cerimonial da Bandeira.
Saudar o Oficial de Serviço 
Todos que vêm a bordo, obrigatoriamente, saúdam e pedem licença para entrar ao Oficial de Serviço. Da mesma forma, para retirar-se, qualquer pessoa deve obter permissão do Oficial de Serviço e dele despedir-se. Qualquer visitante ao chegar a bordo é conduzido ao Imediato.
Saudação entre militares
Nas Forças Armadas, e consequentemente na Marinha do Brasil, as diversas formas de saudação militar, sinais de respeito e correção de atitudes caracterizam o espírito de disciplina e apreço existentes no âmbito militar. 
A continência, saudação militar universal, é uma reminiscência do antigo costume, que tinham os combatentes medievais, quando vestidos com suas armaduras, ao serem inspecionados por um superior, de levar a mão à têmpora direita, para suspender a viseira, permitindo sua identificação. 
Cabe ressaltar que, a continência é a saudação prestada pelo militar ou pela tropa, sendo impessoal e visando sempre a Autoridade e não a pessoa, sendo assim, parte sempre do militar de menor precedência ou em igualdade de posto ou graduação. Havendo dúvida em relação à antiguidade, deverá ser executada simultaneamente.
 A continência é uma atitude militar de grande relevância e um ícone da tradição e costumes navais, e constitui prova de respeito e cortesia que o militar é obrigado a prestar ao superior hierárquico, não podendo ser por este dispensada, salvo nas ocasiões previstas no Cerimonial da Marinha, tais como: “faina ou serviço que não possa ser interrompida, postos de combate, praticando esportes, sentado à mesa de rancho, remando, dirigindo viaturas, militar de sentinela, armado de fuzil ou outra arma que impossibilite o movimento da mão direita, fazendo parte de tropa armada, em postos de continência ou Parada”. 
Conforme visto anteriormente, a continência é uma saudação entre militares. Ao cumprimentar um civil, o militar quando fardado, poderá fazer-lhe uma continência, como cortesia, além de dar-lhe o usual aperto de mão. 
A continência individual deve ser exigida e sua retribuição pelo mais antigo é obrigatória. Não faz parte dos costumes navais desfazer a continência com batida da mão à coxa, provocando ruído. A continência deve ser feita com correção, vivacidade, elegância, energia e franqueza. Da mesma forma, cabe ao superior responder o cumprimento de maneira semelhante. A continência mal executada é sinônimo de displicência, o que não condiz com os valores militares. A continência individual não representa apenas uma manifestação de respeito ou de apreço a um indivíduo em particular; trata-se também de um ato público que expressa a cortesia entre os membros de uma corporação. 
A continência individual é prestada pelo militar fardado e não deverá ser executada quando este estiver em trajes civis. Neste caso, a saudação é realizada com um cumprimento verbal, de acordo com as convenções sociais. 
Saudação com espada
 A antiga saudação com espada e o gesto de abatê-la, não é uma tradição naval, mas militar. O pessoal da Marinha, contudo, faz uso da espada em algumas cerimônias a bordo e, em formaturas, em terra. O gesto de levar a ponta da espada até o chão é uma antiga demonstração de submissão a uma autoridade superior, reconhecendo sua superioridade hierárquica. A ponta da espada no chão, ao fim da saudação, não permite ao oficial usá-la, naquele momento

O cerimonial da bandeira 
Os navios da Marinha do Brasil, quando em contato com terra (atracados, fundeados ou amarrados), arvoram a Bandeira Nacional no pau da bandeira, na popa.
Ao suspenderem, no instante em que é desencapelada a última espia ou o ferro arranca ou é largado o arganéu da bóia, a Bandeira Nacional é arriada na popa e içada, em movimentos contíguos, no mastro de combate, mas de forma que nunca deixe de estar içado o Pavilhão Nacional. Não há cerimonial, nessas ocasiões. 
A Bandeira do Cruzeiro, que é arvorada no pau do jeque, acompanha os movimentos da Bandeira Nacional na popa. Ou seja, é içada e arriada junto com esta.
O Pavilhão é içado às oito horas da manhã e arriado exatamente na hora do Pôr-do-Sol. O Cerimonial consta de sete vivas com o apito do marinheiro e das continências de todo o pessoal. Quem estiver cobertas abaixo, permanece descoberto e em silêncio, atento. O cerimonial do arriar é maior e consta de formatura geral da tripulação. Após o arriar, é costume o cumprimento geral de “boa-noite” entre todos os presentes, sendo primeiramente dirigido ao Comandante. 
A Bandeira Nacional deve ser içada ou arriada em movimento uniforme, que deve ser estimado para que ocorra durante o tempo em que é executado o hino ou toque. Da mesma forma, o içar e arriar de galhardetes e Bandeiras-Insígnias deve ser feito celeremente. Para as OM de terra são observados os mesmos procedimentos. 
Bandeira a meio-pau
 Nos navios da Marinha não se usa as denominações de “mastros” de bandeira, nem do jeque: a nomenclatura correta é nomeá- los o “pau da bandeira” e o “pau do jeque”, mesmo que sejam metálicos. O distinto, na Marinha, segundo a tradição, é que sejam de madeira e envernizados. 
Desta forma, o termo bandeira a meio-pau é a expressão que corresponde à Bandeira Nacional içada a meio-mastro. O jeque acompanha a Bandeira Nacional, a meio-pau. É o sinal de luto.
O costume teve origem na antiga marinha a vela. Era usual que os navios, como mostra de pesar pela morte de uma personalidade, desamantilhassem as vergas, de modo a deixá-las desalinhadas e pendentes, em diferentes ângulos, e com todos os cabos de laborar, de mastros e vergas folgados e pendentes. A mostra de pesar consistia neste aspecto de desleixo, por tristeza. O Pavilhão também era arriado a meio-pau.
Saudar um navio de guerra ao largo 
Quando um navio de guerra passa a menos de 200 jardas de outro, saúda-o ou é por ele saudado, dependendo da antiguidade dos Comandantes (ou da maior autoridade a bordo). O apito e, em alguns navios de maior porte com fuzileiros navais embarcados, a corneta dão os sinais para as continências individuais de todos os que se achem no convés. 
 Saudação de navios mercantes e resposta
O navio mercante que passa ao largo de um navio de guerra cumprimenta-o, arriando sua Bandeira Nacional, fazendo o de guerra o mesmo, como resposta. O mercante içará novamente sua Bandeira, depois que o de guerra o fizer. 
 A salva: saudação com canhões 
O sinal de amizade era antigamente entendido e mormente caracterizado pelo fato de apresentar-se uma pessoa, com a espada abatida, ou um navio ou uma embarcação, momentaneamente impossibilitado de manobrar ou combater. 
Nos tempos em que não havia meios seguros de comunicação e quando no mar não era possível aos navios saberem notícias de terra, a menos que encontrassem outros que as transmitissem, era importantíssimo para cada um deles saber quais as intenções uns dos outros, quando se encontravam. Imagina-se que um navio, no mar há algum tempo, poderia não saber se sua nação estava ou não em guerra com outra, inclusive com aquela cuja bandeira um navio avistado ostentava. Era, portanto, importante demonstrar atitude amistosa, tornando difícil a manobra ou o combate. Nos tempos de Henrique VIII, para um canhão repetir um tiro levava uma hora. Assim, um navio estava com os canhões sempre carregados para combate. Mas, se ele os disparava, ficava impossibilitado momentaneamente de combater. A maior parte das fragatas e navios menores era armada com uma bateria de sete canhões, em cada borda. A princípio, uma salva de sete tiros era a salva nacional britânica. As baterias de terra, no entanto, deveriam responder às salvas do navio, na razão de três tiros para cada tiro de bordo. Assim, a máxima salva de bordo, sete tiros, era respondida pela maior salva de terra, vinte e um tiros. Com o progresso da indústria de armas e, principalmente, da produção da pólvora, a maior salva de bordo passou a ser também de vinte e um tiros. 
O número de tiros, depois que a salva se transformou num costume, chegou aos nossos dias consagrado no Cerimonial Naval. Vinte e uma salvas é o máximo que se usa. Mas por que vinte e uma? É porque, além do costume acima, esse número é múltiplo de três. A explicação é que os números 3, 5 e 7 sempre tiveram significado místico, muito antes, mesmo, de existirem marinhas organizadas como as dos últimos três séculos. 
O intervalo das salvas festivas é de cinco segundos, entre um tiro e outro. Havia um velho costume, na Marinha antiga, que ainda hoje os oficiais “safos” usam para contagem dos cinco segundos regularmentares, que é o de dizer a expressão: “teco, teleco, teco, pepinos, não são bonecos, - fogo um!”; repetindo-se após cada tiro o mesmo conjunto de palavras só alternando o número da ordem de fogo. Quem cronometrar o tempo que normalmente se leva para dizer as palavras mencionadas, verá que ele é de cinco segundos. 
Os postos de continência 
Mas, somente disparar os canhões não era mostra de ficar sem aptidão para combater. O navio, além disso, deveria ferrar o pano (colher as velas), perdendo velocidade e ficando momentaneamente impossibilitado de manobrar e combater, com todos os cabos de laborar pelo convés e a guarnição ocupada nas fainas. Assim, essa mostra de respeito mantinha o navio privado de combater. Foi desse antigo costume, que vieram até nossos dias certas formas de cumprimento em embarcações como remos ao alto, folgar as escotas ou parar a máquina. 
Nos grandes navios, no entanto, podia ser demonstrada, ao navio avistado, a intenção pacífica, fazendo subir toda a guarnição aos mastros e vergas. Assim, estava o navio impossibilitado de utilizar seus homens para o combate, transitoriamente. Desta forma, dispor a guarnição pelas vergas dos navios-escola a vela, veio até nossos dias, com a denominação de postos de continência. 
Em todos os navios da Marinha, os postos de continência são atendidos com toda a guarnição distribuída pela borda do navio, no bordo por onde vai passar a autoridade a saudar, numa demonstração de respeito. 
Vivas
 Ainda permanece em nossa Marinha o hábito dos vivas. É uma repetição da antiga forma de continência e saudação à autoridade que passar perto do navio, sempre que o fato for antecipado e devidamente anunciado. A guarnição, quando em postos de continência, a um sinal, leva o boné ao peito do lado esquerdo, com a mão direita, e, ao sinal de salvas do apito, sete vezes, estende a mão com o boné para o alto, à direita, e dá os vivas correspondentes. 
Vivas do apito 
Permanece, no Cerimonial da Bandeira, o costume dos sete vivas, pelo apito do marinheiro. Durante o içar ou arriar da Bandeira, o Mestre ou Contramestre, dependendo da ocasião, faz soar sete vezes o apito, correspondendo aos sete vivas, que é a maior saudação por apito. 
O número de sete, como explicado, ainda é a lembrança dos antigos sete tiros das fragatas e navios menores, que constituíam a maior salva. Embora os tiros de salva tenham passado para vinte e um, os vivas de apito permaneceram em sete, como a honra máxima.
 Cerimonial de recepção e despedida
1. Os oficiais, ao entrarem e saírem de bordo, fazem jus a um cerimonial correspondente à sua patente, constando de toques de apito característicos e da continência de quem o recebe ou despede e dos presentes. Além disso, marinheiros em formatura, em número correspondente a cada cerimonial, chamados “boys”, ladearão o oficial saudado, na escada de portaló e no convés. 
2. Esses cerimoniais são tradições herdadas dos dias da marinha a vela. Costumava-se, nas reuniões de Comandantes de navios de uma Força Naval em um determinado navio - quando o mar não estava muito bom - içar o visitante por uma guindola, espécie de pequena tábua suspensa pelas extremidades. A manobra era comandada pelo Mestre, ao som do apito e, para realizá-la, vários marinheiros iam para o local de embarque. Hoje é uma cortesia naval acorrer com marinheiros ao portaló (local de embarque ou saída de bordo) e saudar com toque de apito, a autoridade que chegar ou sair. 
3. Os marinheiros que acorriam para as manobras de embarque do Comandante a bordo eram chamados, na Real Marinha britânica, de “boys”. Esse costume passou desde o Império, à nossa Marinha. Hoje, há um toque de apito que, em realidade, significa boys aos cabos. Tratava-se, até há pouco tempo, quando se vinha ou saía de bordo por lancha, de chamar os marinheiros para que descessem ao patim inferior da escada de portaló e aí estendessem cabos (preparados com pinhas nas duas extremidades, uma para o boy e outra para a autoridade), para que lhe servissem de apoio quando embarcavam ou desembarcavam. 
4. Ao patim inferior da escada de portaló descem dois “boys” e mais dois quando há espaço. Os demais formam no convés. Quando estiver com prancha passada para terra, somente dois devem ficar em terra; os demais formam no convés. Formar mais de dois “boys” em terra é, como se diz. na gíria marinheira, uma varada (de “vara”, termo espanhol que quer dizer encalhe). Tudo isso deve-se ao fato de que o emprego dos “boys” é uma tradição na manobra de embarque e desembarque de oficiais, em navios no mar. 
5. Quando o Comandante é recebido no seu próprio navio, é o Mestre quem executa os apitos do cerimonial. 
6. Quando o cerimonial é executado em terra, como nos estabelecimentos ou cerimônias públicas, os “boys” são distribuídos no número completo previsto no Cerimonial da Marinha, em caráter simbólico. 
7. À chegada de autoridade a bordo de OM da MB, deverá ser anunciado no sistema de fonoclama, quando couber, o cargo da autoridade visitante seguido da expressão “para bordo”. Não deverá ser anunciado pronome de tratamento ou nome da autoridade visitante. 
8. Por ocasião do cerimonial, a ordem ao Mestre ou Contramestre de Serviço não deve conter palavras desnecessárias, já que se trata de uma instrução para quem vai abrir toque. Assim, essa ordem deve ser pertinente ao toque característico a que tem direito a autoridade. A menção ao cargo desempenhado somente deve ser feita a quem competir vocativo específico (CM, CEMA, CON, CGCFN e ComemCh). Nesse caso, não se deve mencionar o posto, a menos se, eventualmente e no caso de ComemCh, o cargo estiver sendo exercido por Almirante-de-Esquadra. O artigo 5-1-7 do Cerimonial da Marinha reflete com clareza este ponto. 
9. Os toques de apito devem ser dados apenas pelo Mestre ou Contramestre de Serviço. Ao final das Honras de Recepção ou Despedida, quando por toque de corneta, cabe o “ponto”, como sinal de desfazer a continência e a guarda de portaló executar o comando de “ombro armas”. Nos casos em que houver Guarda de Honra, esta executará o referido comando quando determinado pelo seu Comandante. 


Fonte: https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais



POSEIDON - O IMPETUOSO DEUS DOS MARES



Estátua de Poseidon. Foto: Yutthaphong / Shutterstock.comPoseidon, também conhecido como Netuno para os romanos, era o grande rei dos mares, um homem muito forte, com barbas e sempre representado com seu tridente na mão e as vezes com um golfinho. Era filho de Cronos, deus do tempo, e da deusa da fertilidade Réia. Sua casa era no fundo do mar e com seu tridente causava maremotos, tremores, além de fazer brotar água do solo.

Poseidon era casado com Anfitrite. Quando se conheceram Poseidon se apaixonou por ela, mas Anfitrite o recusou e Poseidon a obrigou casar-se com ele, porém, ela para não casar, se escondeu nas profundezas do oceano, só sua mãe sabia onde ela estava. Mas com o tempo Anfitrite mudou de idéia e foi atrás de Poseidon com quem se casou e ficou sendo a rainha do oceano. Com ela teve um filho chamado Tritão que aterrorizava os marinheiros com um barulho espantoso que ele fazia quando soprava o búzio, um instrumento, mas também com ele fazia sons maravilhosos.  Entretanto, na sua vida Poseidon teve muitos outros amores e fora de seu casamento teve mais filhos que ficaram muito conhecidos por sua crueldade, os dois que mais conhecidos foram o Ciclope e o gigante Orion. Poseidon disputou com Atena, a deusa da sabedoria, para ser a deidade da cidade hoje conhecida como Atenas, porém Atena ganhou a competição e a cidade ficou conhecida com o seu nome.

Na história da Guerra de Tróia, Poseidon e Apolo ajudaram o rei na construção dos muros daquela cidade e a eles foi prometida uma recompensa, porém tinham sidos enganados, pois o rei não os recompensou. Foi então que Poseidon muito enfurecido se vingou de Tróia e enviou um monstro do mar que saqueou toda a terra de Tróia e durante a guerra ele ajudou os gregos.

Poseidon é também o pai de Pégaso, um cavalo alado gerado por Medusa, por esse motivo sempre esteve muito ligado aos cavalos e foi o primeiro a colocar cavalos na região. Outro caso de amor muito conhecido de Poseidon foi com sua irmã Demeter, ele a perseguiu e ela para evitá-lo se transformou em égua, porém ele se transformou em um garanhão e com ela teve um encantador cavalo, Arion. Poseidon era um deus muito importante e celebravam em sua honra os Jogos místicos, constituídos de competições atléticas e também de musicas e poesias, realizados de dois em dois anos.

Referencias:
. Foto: Estátua de Poseidon  Yutthaphong / Shutterstock.com
http://criptopage.caixapreta.org/secao/mitologia/mito_grecorom_maz.htm
http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/MGPoseid.html
http://www.infoescola.com/mitologia-grega/poseidon/

sábado, 30 de julho de 2016

Um terço dos atletas brasileiros que competirão no rio são militares


Os militares farão a segurança nas ruas da cidade, reforçando a segurança do Rio de Janeiro, mas também estarão dentro das arenas disputando medalhas com um número recorde de competidores. Dos 465 atletas brasileiros classificados e que competirão em busca do ouro olímpico nos Jogos do Rio, cerca de um terço é de militares da Marinha, do Exército, e da Aeronáutica. Serão 145 militares buscando o pódio. Um padrão que está bem próximo de países como França, Itália, Rússia e China, que são referências como grandes potências esportivas com tradição de buscar talento nas Forças Armadas.

O expressivo número de atletas das Forças Armadas nos Jogos do Rio está ligado a um investimento dos militares brasileiros que começou em 2008 com o Programa de Alto Rendimento do Ministério da Defesa. As Forças Armadas miravam os Jogos Militares de 2011, disputado no Rio. A seleção para integrar o programa é feita mediante edital público, nas modalidades esportivas de interesse da Marinha, do Exército, e da Aeronáutica. A seleção é feita por prova de títulos, que envolvem currículo esportivo, resultados e ranking nacional.

Os atletas selecionados, inicialmente, frequentam um estágio básico militar por 45 dias. Em paralelo, podem continuar treinando e competindo por seus clubes e são chamados, periodicamente, a critério de cada Força, para uma reciclagem de instrução militar.



Fonte:oglobo 

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Comando do 3º Distrito Naval inaugura nova sede

Moderna, funcional, confortável e ambientalmente sustentável. Essas são as características da nova sede do Comando do 3º Distrito Naval (Com3ºDN) inaugurada em cerimônia realizada no dia 25 de maio de 2016, com a presença do Comandante da Marinha, Eduardo Bacellar Leal Ferreira. O novo endereço é na Rua Cel. Flamínio, S/N, Santos Reis, Natal/RN.
Após Revista à tropa e canto do Hino Nacional, foi realizado o enclausuramento de uma “Cápsula do Tempo”, ao pé do mastro principal. Trata-se de um recipiente especialmente preparado para armazenar objetos e/ou informações com o objetivo que eles possam ser encontrados e utilizados pelas gerações futuras. Na cápsula foram depositados: jornais do dia, uma revista semanal de grande circulação, fotografias deste momento histórico, moeda corrente, relação nominal de todos os oficiais, praças e servidores civis que servem no Comando do 3º Distrito Naval neste dia, foto da tripulação, exemplares de informativos da Marinha, informativo “O Cabra da Peste”, emitido pelo Com3ºDN, fotografias da construção desta sede, além de uma mensagem deixada para os futuros marinheiros. A cápsula deverá ser aberta em 25 de maio de 2046.
O Comandante da Marinha, acompanhado do Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante de Esquadra Airton Teixeira Pinho Filho; do Comandante de Operações Navais, Almirante de Esquadra Sérgio Roberto Fernandes dos Santos e do Comandante do 3º Distrito Naval realizaram o descerramento da placa de inauguração das novas instalações e desataram o laço da fita. 
Fonte: Marinha Do brasil e Elias Jornalista.